quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

EDITORIAL - DEZEMBRO 2012



Amigos e amigas.
               Estamos iniciando um novo Ano Litúrgico, o ano C. Iniciamos com toda a mística e espiritualidade de um Tempo Litúrgico tão bonito que é o Advento. “Advento é tempo de espera d’Aquele que há de vir. Pelo Advento nos preparamos para celebrar o Senhor que veio, que vem e que virá; sua liturgia conduz a celebrar as duas vindas de Cristo: Natal e Parusia. Na primeira, celebra-se a manifestação de Deus experimentada há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus, e na segunda, a sua desejada manifestação no final dos tempos, quando Cristo vier em sua glória.”
            O Advento tem um rosto especial também em razão do que revela a Sagrada Escritura: o Messias prometido, concebido no seio de uma virgem (cf. Is 7,14), segundo a profecia (cf. Mq 5, 1), nasce em Belém (cf. Lc 2, 1-20). A espiritualidade do Advento na Igreja Católica fala “sobre a vinda hoje do Senhor em nossas vidas. Por isso, seria muito importante termos algumas atitudes neste tempo: Atitude de ESPERA: Alegre chegada e amorosa acolhida. Atitude de RENOVAÇÃO: O Advento é tempo de conversão e penitência. Atitude de ORAÇÃO: A oração é elemento primordial da espiritualidade cristã.  Atitude de CARIDADE FRATERNA: A caridade é a essência do nosso ser e agir cristão.” A linguagem pastoral do Advento está muito presente nas comunidades e se expressa de muitas maneiras; sem dúvida, no Brasil, destaca-se uma que é praticada pelos católicos, há muitos anos: a Novena do Natal. As famílias se encontram para a oração em comum, para a reflexão, a partilha da Palavra de Deus, o olhar sobre fatos vividos por pessoas e comunidades e para o testemunho da fraternidade, através de gestos de solidariedade.
            Quando bem celebrado nas comunidades, o Advento é certeza de um Natal bem vivido nas famílias!
        Veja bem uma pequena síntese de toda a proposta litúrgica deste tempo do Advento.  Este é o caminho que faremos em nossa liturgia.

1º Domingo do Advento - C
02 de dezembro de 2012

Levantai-vos e erguei a cabeça, porque vossa libertação está próxima!
Jesus é bem prático nas orientações a respeito do final dos tempos: diante de sinais destruidores é preciso erguer a cabeça e não se deixar levar pelo medo, não se entregar e nem cultivar vícios; orar sem cessar e fazer da oração uma constante busca da intimidade com Deus. É desse modo que o discípulo e discípula de Jesus se fortalecem espiritualmente para a 2ª vinda do Senhor

2º Domingo do Advento - C
09 de dezembro de 2012
Você conhece o caminho: o caminho é o Evangelho.
A mudança espiritual acontece pelo acolhimento do Evangelho. À medida que o Evangelho fala no coração e na mente, nos despimos de roupas velhas e o caminho entre montanhas e vales torna-se cada vez mais seguro. A evangelização inicia-se no coração e, pouco a pouco, se propaga como um vírus benéfico que contagia a sociedade com a alegria divina.


3º Domingo do Advento - C
16 de dezembro de 2012
"Alegrai-vos sempre no Senhor! Alegrai-vos no Senhor!"
"Alegrai-vos sempre no Senhor! cantará a antífona do 3º Domingo do Advento - C. O motivo da alegria é claro: o Senhor já está entre nós . É uma presença escondida dos olhos, mas perceptível pela alegria que nos toca, espanando poeiras de medo, de angustias e, principalmente, de tristezas.


4º Domingo do Advento
23 de dezembro de 2012
"Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu."
Como prometido na profecia de Miquéias, a promessa se realiza de modo simples, pobre, num local perdido da Galiléia, e é revelada ao mundo por duas mulheres que se vêem em situações de gravidez inesperadas: a gravidez na velhice e na esterilidade de Isabel e, a gravidez virginal de Maria. No encontro desses dois sinais de evidente milagre da vida divina, Deus revela a realização de sua Salvação: o povo recebe a graça da visita de Deus. Magnificat! 

Natal do Senhor Jesus Cristo
24 de dezembro de 2012
Encontrareis um Menino envolto em faixas; na pobreza!
O contexto pobre do Natal faz resplandecer a glória de Deus, impedindo que seja invadida ou escondida por luzes humanas. Foi na pobreza do estábulo que a glória divina iluminou o cosmos e foi vista por quem se deixou e se deixa por ela iluminar. Só é capaz de entrar no presépio