quarta-feira, 19 de maio de 2010

HISTÓRICO DA PARÓQUIA

A Igreja do Rosário, de acordo com as informações existentes, começou a ser edificada em 1854 pelo Pe. José Maria Soleiro, primeiro pároco de Leopoldina e pelo Sr. José Ferreira de Brito. Por volta de 1869, ainda não estava concluída e nela ainda trabalhava o artista Buena Flor, que talhou os seus três lindos altares – o de Nossa Senhora do Rosário, o de São José e o de Santa Cecília – e dois púlpitos que a ornamentaram até a reforma nela promovida no ano de 1960. O seu estilo priomitivo era o barroco de transição, que era muito comum no século 19. Além disso, a Igreja antiga ostentava pinturas no teto e alguns entalhes em suas paredes, bem como duas torres no frontispício. Mais tarde, no paroquiato de Pe. Júlio houve uma reforma que deixou apenas um torre na frente. Em 1960, uma grande reforma modificou bastante a aparência do templo: foram retirados e vendidos os três altares com seus entalhes, retiraram-se os dois púlpitos, bem como o forro e o telhado. A parede de lado do Córrego Feijão Cru foi derrubado e substituída por outra. A Igreja tomou o feitio de um amplo salão, tendo apenas o altar e a parede atrás do altar para quebrar a uniformidade. De outubro de 1960 a maio de 1961, as obras ficaram paralisadas por falta de recursos e as chuvas castigaram muito o templo desprovido de forro e telhado. Os ofícios religiosos eram celebrados no Salão Dom Bosco. Com a saída de Dom Delfim para ser Bispo de São João Del Rei, fiquei responsável, dentre outros serviços, pela Igreja, então, eu e Dermeval Peres encomendamos do Paraná um forro de Peroba muito bonito. Em 1999 e 2000, o Pe. Carlos Roberto Moreira Oliveira promoveu ampla reforma. Trocou o piso de ladrilho por granito, o forro de madeira de peroba por forro de PVC, aumentou o tamanho das janelas tornando a Igreja mais clara e mais ventilada. Melhorou também a frente e restaurou a torre no modelo existente nos anos 1950. A parede atrás do altar foi diminuída e de um lado foi feito um altar para o Sacrário e do outro lado um lugar de honra para Nossa Senhora do Rosário, tudo em pedra mármore. Em 2005, o Pároco Pe. Jorge Luiz Passon, realizou reparos na Igreja, deu-lhe nova pintura, retirou os altares de mármore e foram construídos outros em madeira. Na Igreja do Rosário, já houve uma ordenação episcopal. Foi no dia 31 de agosto de 1930. Dom Aristides de Araújo Porto, que havia sido pároco em Leopoldina de 1924 a 1930, aí foi sagrado bispo em cerimônia presidida por Dom Helvécio Gomes de Oliveira. Dom Aristides foi bispo de Montes Claros. Até o ano de 1950, Leopoldina possuía apenas uma paróquia que era sediada na Catedral e a Igreja do Rosário era apenas uma igreja filial. Por Decreto datado de 12 de março de 1952, Dom Delfim Ribeiro Guedes, primeiro bispo de Leopoldina, elevou a Igreja do Rosário à categoria de sede paroquial, concedendo-lhe “pleno direito e faculdade de ter sacrário, onde se conserve o Augusto Sacramento da Eucaristia, com o necessário ornato e decência e com a lâmpada acesa dia e noite, bem como a faculdade de utilizar-se de todos os livros da antiga sede paroquial, menos os livros de Tombo, que permanecerão no Curato da Catedral, a ser criada por decreto de hoje, e de utilizar-se de todos os demais direitos, honras e distinções de uma igreja paroquial. Damos, portanto, por transferência e canonicamente instituída na Igreja de Nossa Senhora do Rosário a nova sede paroquial acima referida, a qual terá por titular NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, cuja festa se há de celebrar, anualmente, de acordo com as prescrições litúrgicas, no dia próprio, e com devoção e religioso esplendor”. Assim, todo o arquivo paroquial anterior foi transferido aos cuidados da nova paróquia, bem como a maioria das capelas filiais da cidade de Leopoldina. Algumas dessas só foram desmembradas com a criação da Paróquia de São Benendito. Hoje a paróquia com cinco capelas e uma em projeto de construção. O primeiro Vigário veio a ser o Revmo. Pe. José Cândido Diniz, recém ordenado. Não existindo ainda casa paroquial para a residência do vigário, o Pe. José Diniz promoveu os festejos dos mês de maio na paróquia e construiu, em cima da sacristia, um apartamento com dois quartos para a residência sua. Mais tarde, na década de 1990, seria construída por Pe. Carlos Roberto a nova e moderna residência situada atrás do Salão Dom Bosco, na Praça do Rosário. Eu, Pe. Antônio José Chámel, tive a grata satisfação de ser pároco no período de 22/05/1972 a 25/12/1977.